terça-feira, 23 de novembro de 2010

Resultado do jogo (ou do quanto eu odeio a Carol)

Como prometido via tuite, publico as respostas do jogo lançado pela Amanda outro dia. Descobri que vocês acham que eu sou meio abestalhada (o que nao é de todo mentira), ja que a maioria dos chutes de vocês giraram em torno da minha falta de capacidade pra nadar e voar, de um possivel retardo em relaçao à fala e do meu famigerado medo de seminarios na faculdade. Erraram todos! Mwwhahaha! 

1. Eu nao sei nadar (5 votos):
Falso. Olha, eu demorei a aprender a andar (com um ano e dez meses!), a nadar (7 anos?), demorei a andar de bicicleta (8 anos?), a menstruar (15 anos), a dar o primeiro beijo (15, também), a dirigir (23 anos), maaaaas... Eu aprendi a fazer tudo isso. Quer dizer, menos a andar de bicicleta. 

2. Perdi a virgindade aos 16 anos (6 votos):
Falso. Eu sou virgem. 



3. Empurrei propositadamente uma amiga da escada (6 votos):
Super verdadeiro e ela mereceu! E se ela aparecer na minha frente, eu empurro de novo! Vou contar como foi o drama. Eu tinha meus sete anos e estudava numa escolinha do bairro. Um dia, as professoras disseram que um palhaço iria à nossa escola. Eu fiquei louca. Dormia e pensava no palhaço (minha gente, que frase). Eu era expectativa e ansiedade dos pés à cabeça. Na hora do intervalo do dia em que o palhaço iria à escola, eu corri pro portao de entrada e subi numas escadas estreitas que possibilitava à pessoa que estava dentro da escola de ver quem estava na calçada. Mas nada do palhaço. De repente, escuto varias risadas felizes de crianças vindo dos fundos da escola. Era o palhaço que tinha chegado pelos fundos (ui). Virei toda feliz pra descer as escadas, mas com quem eu dou de cara? Com a porra da Carol! Ela me prendeu à parede e ficou dizendo "nao vai ver o palha-çô! Tah pre-sa!" Eu pedi com toda a paciência (mentira) do mundo pra ela me deixar passar. "Nao dei-xô". Entao, delicamente, eu joguei ela escada abaixo. O problema é que ela foi rolando e caiu bem nos pés da nossa professora! Avaliei a situaçao e com muita serenidade, conclui: fudeu. Qual foi a da professora? "Luciana, você esta de castigo e nao vai ver o palhaço".

Morri. 

Olhe, eu ainda SINTO a dor da injustiça correndo em mim. Ou vocês acham que é à toa que eu lembro dessa historia depois de quase vinte anos? Eu fiquei doente de tanta tristeza, imploreeeeei pra nao ficar de castigo, pelo amor de deus, o palhaço, tia, deixa eu ver o palhaço! Nada. Aih fiquei de castigo na sala de aula vendo o palhaço pela janela divertir as pessoas. Inclusive, a otaria da Carol. 

Um PS nada a ver: no ultimo dia em que estive no Brasil (em março desse ano), minha mae me chega muito séria: 

- Luciana, você sabe quem esta viciada em drogas? 
- Quem, mainha?
- Aquela tua amiga Carol.
- Eh? Viciada em que?
- Em maconha, né? Deve ser...

Hahahaha Minha mae é otima. Pra ela a pior droga do mundo é a maconha. Ela mal desconfia que a vida dela teria sido mais tranquila se o marido dela fumasse maconha ao invés de beber... 

4. Marquei um encontro com um cara da internet no ginecologista (6 votos):
Verdade. Eu era uma menina bestinha. Bastava um cara ou uma menina ser legal na internet e eu ja marcava um encontro. Costumava marcar no shopping, mas o tal cara era irmao de um conhecido e a probabilidade dele me raptar, me estuprar e me jogar num poço sem fundo era minima. Entao, fomos no ginecologista. Era meu aniversario. Foi legal. 

5. Fazia aula de jazz (a dança) quando criança (8 votos):
Verdade. Foi na mesma escolinha ja citada. Inclusive, com Carol. A gente tinha uns 6 anos e estavamos ensaiando pra nos apresentarmos. Eu ainda lembro do começo da coreografia. Eu adorava as aulas e fiquei super empolgada com a possibilidade da apresentaçao. Mas... (sempre tem que ter um mas nessa vida) minha mae me enrolou e eu faltei o dia do espetaculo. Hmmm, suspeito: estou começando a fazer uma ligaçao entre os traumas da minha infância e Carol. 

Tai, acho que o problema
 foi que esqueci a capa
6. Pulei do telhado de casa quando pequena (11 votos):
Verdade. Criança abestalhada é assim, né? Fazer o quê. Eu nem posso dizer que foi porque eu vi no desenho animado, porque eu ja era grandinha o suficiente pra saber que seres humanos nao voam. Mas eu achava o maximo essas "traquinagens" de criança suicida. Meu irmao tinha varias e eu queria ter a minha também. Entao, eu pulei. E nao foi tao glamouroso quanto eu pensei que seria. Na verdade, doeu pra caralho. E se eu soubesse que essa historia soh ia me render cinco linhas num blog que eu faria vinte anos depois, eu nao teria pulado.

7. Tinha dificuldades pra pronunciar o R (7 votos):
Falso. Falar é a unica coisa que eu sempre fiz sem dificuldades. Tirei a idéia do caso do meu outro irmao, na verdade, que teve que ir ao fonoaudiologo durante à infância. Ainda lembro da minha mae fazendo ele falar com um lapis embaixo da lingua. Impagavel. 

8. Chorei durante um seminario na faculdade (no Brasil) (9 votos):
Falso. Hohoho Essa eu fiz na maldade. Eh tanto choramingo nesse blog por causa da faculdade que era mais que esperado que vocês achassem que eu chorei numa apresentaçao. Mas nao! Péééém!

09. Na adolescência, paguei pra tirarem o tarot pra mim (6 votos):
Falso. Pô, essa doeu. Seis infelizes acharam que eu gastei meu rico dinheirinho em... Tarot? Os adeptos que me perdoem, mas eu nunca fui tao preocupada com meu futuro à ponto de pagar pra um desconhecido adivinha-lo. 

10. Eu tenho TOC (3 votos): 
Verdadeiro. Hahahaha Tenho, minha gente, EU TENHO TOC! Mas é num nivel super leve. Nada de dar cinco voltas no hidrante da calçada três vezes antes de atravessar a rua. Mas eu nao consigo ficar bem se eu nao fecho até o fim o creme dental. Nao suporto girar a chave na porta pela metade. Na verdade, nao gosto de coisas inacabadas: quadro mal apagado, porta e gaveta mal fechada. Argh! Ah, e também nao piso em tampas na calçada. 

E agora? Quem sera a proxima blogueira a entrar no jogo?

domingo, 21 de novembro de 2010

Meio errados

Amanda fez um post com um joguinho legal. Bom, o post tem mais do que uma brincadeira, é todo um tratado sobre a visao que o leitor tem de um blogueiro e as consequencias dos julgamentos feitos por aqueles. Mas como eu nao tenho o tempo que gostaria  pra divagar sobre o assunto, vou me limitar a lançar o jogo aqui. 

Vamos ver o quanto vocês (acham que) me conhecem baseado naquilo que vocês (nao) leem aqui. 

Somente cinco das assertivas sao realmente verdadeiras: 

1. Eu nao sei nadar;
2. Perdi a virgindade aos 16 anos;
3. Empurrei propositadamente uma amiga de uma escada;
4. Marquei um encontro com um cara da internet no ginecologista;
5. Fazia aula de jazz (a dança) quando era criança;
6. Pulei do telhado de casa quando pequena;
7. Tinha dificuldades pra pronunciar o R - Cebolinha feelings;
8. Chorei durante um seminario na faculdade (no Brasil);
09. Na adolescencia, paguei pra tirarem o tarot pra mim;
10. Eu tenho TOC;

Quem acertar tudo ganha uma bolacha. Valendô!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tenso



A quantidade de coisas que eu tenho pra falar é inversamente proporcional ao tempo que eu tenho disponivel - as (quase) duas semanas sem post novo sao resultado disso. Apresentei meu primeiro exposé, a brasileira me chamou de novo pra ir pra igreja, arrumei um projeto de amiga na faculdade e gostaria de falar demoradamente sobre cada uma dessas coisas, MAS...

No intuito de pôr em pratica o "observa e faz", em relaçao aos trabalhos da faculdade, acabei deixando tudo pro ultimo momento - que novidade. E, como se nao bastasse todos os seminarios que tenho pra fazer, alguns professores anteciparam as provas pra este mês, entao, minha situaçao é a seguinte: eu levo horas pra ler cinco paginas e passo duas semanas pra preparar um seminario - saudade do tempo em que eu preparava um seminario cinco horas antes de apresenta-lo. 

Nas proximas quatro semanas, eu tenho quatro seminarios, um trabalho escrito e três provas sobre o assunto de todo um "semestre". Entao, olha, como chorar nao resolve e escrever no blog nao ajuda, vou deixa-los por tempo indeterminado e dizer que eu estou SOFRENDO por nao poder ler os blogs lindos e favoritos que se encontram na coluna lateral esquerda deste blog. Saudade de vocês. Espero voltar viva das trincheiras.

Luciana - Drama Queen

domingo, 14 de novembro de 2010

...

A gente vai contra a corrente 
Até nao poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir

sábado, 6 de novembro de 2010

O jovem cavalo amarelo de cabelos terriveis esta embaixo

Eu sou como o francês: terrivel

A lingua francesa, pela proximidade que tem do Português, permite certas deduçoes que fazem com que ela se passe por um idioma de facil aprendizado. A primeira vista, claro. Porque tem aquelas palavras/expressoes safadas que soh existem pra me fazer falar feito idiota. 

Jeune, por exemplo, é "jovem". Mas se eu nao fizer o bico certo, e eu nunca faço, eu vou falar jaune ("amarelo"). Entao, frases do tipo "ela é uma menina bastante amarela" sao frequentes. 

Cheveux é "cabelos". Mas quando eu vou falar dos meus, sempre falo chevaux ("cavalos"). Entao, vocês imaginam o olhar do meu interlocutor quando digo que meus cavalos estao secos.

Terceiro termo que eu nunca pronunciarei decentemente: dessous ("embaixo") - com biquinho no e - e dessus ("em cima") com biquinho no e e no u. Na pressa da fala, eu faço biquinho até nas consoantes, que é pra nao ter perigo de errar - o que nao faz o menor sentido, claro.

Eteindre: apagar
Etendre: estender
Attendre: esperar

E qual o problema de, ao invés de dizer "eu vou apagar a luz e estender a roupa", falar "eu vou esperar a luz e desligar a roupa"? De repente é isso mesmo que eu quero. Esperar o Senhor e... desligar... a roupa. Normal.

Outro dia, eu tava lendo pra Camilo um texto que eu vou apresentar na proxima segunda-feira (meda!), quando surgiu a frase "il s'en branle". Eu li a frase errada. Ele deu uma risada.

- O que foi? 
- A pronuncia certa é il s'en branle ("ele nao ta nem aih"). 
- E eu li o que?
- Il se branle.
- E isso quer dizer o que?
- "Ele se masturba".
- ...

Pra garantir uma nota acima de zero, cortei a frase da minha apresentaçao.

Ha uns meses descobri o si jamais. Numa primeira vista, parece significar "se jamais...", dando uma idéia de negaçao. Mas, na verdade, quer dizer "se por acaso isso acontecer SIM... blablabla". Mas nao foi facil entender isso. A mae do guri me pedia pra fazer as coisas, mas colocava a porra do si jamais no meio da frase. Pelo contexto parecia que eu deveria fazer, mas o jamais me confundia e eu ficava "finalmente,  é pra fazer ou nao é?" Hihi

E nessa linha "afirmo e nego ao mesmo tempo", tem o pas terrible. Pas é um termo que exprime ideia de negacao em francês:

Le garçon est content (o menino esta feliz)
Le garçon est pas content (o menino nao esta feliz)

Logo, uma coisa pas terrible seria "nao terrivel", logo "boa". Mas nem sempre a logica é logica.  Pas terrible é "terrivel" mesmo. Mas terrible pode ser bom ou ruim, como no português. Depende da entonaçao dada. Mas eu adoro o francês. Eh uma lingua... terrible! 

::


E, pra finalizar, queria agradecer a uma borboleta de lindo nome por esse selinho. Ganhar selinho e cerveja faz muito meu dia! Uh! Obrigada!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O desabafo de uma nounou

Concentrei sabiamente todas as minhas aulas na faculdade entre a segunda e a quarta-feira pra poder trabalhar com o guri na quinta e na sexta: deu certo. Mas houve uma reviravolta na minha vida profissional (pia!): eu tou adorando a mae e detestando o guri!  

Ja faz um mês que eu voltei a trabalhar com ele e... quanta tristeza. Ele tem so 18 meses, mas a vida desse menino ja pode ser dividida em "antes da irma" e "depois da irma". Vou chamar a irma de Creuza, beleza? Pois bem, minha gente, Creuza é um ser humano de apenas um mês de vida e alguns centimetros de comprimento, mas transformou a vida do guri num inferninho. E, por tabela, a minha também.

Antes de Creuza: o guri era bem disposto e saudavel. Levava altas quedas (hihi) e levantava do chao sorrindo - meio torto, mas sorrindo. Ele obedecia. Almoçava sem problemas e dormia tranquilamente. Eu até arriscaria dizer que ele cagava cheiroso. 

Depois de Creuza: ele chora por tu-do. Se a gente nao faz o que ele quer, ele se joga no chao e bate os pés. Pede pra ir pro braço a toda hora, se recusa a comer. E olha, se tivesse um top 5 com "as coisas que eu mais odeio na vida", "criança mimada" soh perderia pra "gente machista". Nossa, como eu-nao-suporto! Quando vejo uma criança chorando por frescura e a mae* tentando controla-la, prometendo coisas e fazendo "mimimi, meu bebezinho", eu tenho vontade de voar no pescoço da mae e... mata-la. Lentamente. 

Meu nome é odio no coraçao. Beijos. 

Entao, imaginem quao duro foi o golpe de reencontrar meu gurizinho mimado. Quando ele cai, ele berra e diz "bobô, bobô", o que, na linguagem dele, quer dizer "puta que pariu, me fudi, vou perder a mao, me ajuda, tah gangrenando". Aih, olho bem séria pra cara dele, dou uma olhada na mao (ignorar é pior) e digo "Guri, vai brincar, vai...". Ele vê que nao deu certo, muda de expressao e continua a brincar. Antes, ainda, ele me dava a mao pra beijar (mesmo que ele tivesse machucado o joelho). A mae explicou que foi a sogra que o ensinou a fazer isso. Mas a raiz do problema nao é a sogra. Eh tu, Creuza!

Estavamos os dois no parque (lembrando que eu nao tomo conta da guria, somente dele) quando ele pediu pra ir pros meus braços. Me agachei, expliquei a ele que ele ja sabia andar, que ele estava grandinho e pesado, e somente Creuza poderia ficar no braço. Senti que fiz merda. Mesmo achando que ele nao entendeu bulhufas do que eu falei, colocar o nome da irma naquela situacao, soh poderia piorar tudo. Nao quero que ele relacione o fato de nao poder ir pro braço à irma. 

Uma semana depois, fomos todos juntos (mae, filha, filho e baba) à Prefeitura. Guri se recusou TERMINANTEMENTE à ficar no carrinho. Chorou, esperneou, gritou e ficou roxo. Foi preciso eu E a mae pra coloca-lo no carrinho. Credo, nunca vi aquilo. Mas sei que vou ver de novo. 

Em compensaçao, minha relaçao com a mae tem melhorado bastante. Parece que depois do segundo filho ela entendeu que nao precisa competir com a pobre da baba pela atençao dos filhos. Ela pergunta mais sobre minha vida e eu tenho muita vontade de falar, entao... Acho que isso ajudou a confiarmos um pouco mais na outra. Mas nao vou me estender muito nesse paragrafo pelo medo de quebrar a cara amanha. 

E se alguém tiver algum conselho melhor que "matar a mae lentamente", pra casos de crianças mimadas, sou toda ouvidos.

*Falei "mae", mas pode ser o pai, a irma, a tia, ou seja, quem for responsavel pela criatura.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aquele abraço!


Vi minhas blogueiras preferidas distribuindo abraços no Twitter nos ultimos momentos de apuraçao dos votos. Apesar de estar sufocada pela excitaçao do que estaria prestes a acontecer, prefiro mandar um abraço pro outro lado. Porque quem precisa de abraço, nesse momento, sao aqueles que foram na onda da bolinha de papel. Foram aqueles que tentaram demonizar o pobre mago na Paraiba. Meu abraço vai pros alma sebosa vestidos de vermelho no meu Estado. Meu abraço vai praqueles que se preocuparam com a roupa que a Dilma vestia nos debates. Meu abraço vai pro vampiro, coitado. Porque a gente... a gente nao precisa de abraço. A gente ja tem o que a gente precisa. 

Praqueles que nao acreditaram e ainda torcem contra:

CHUPA! 

Talvez

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